Estudos dos maiores bancos privados do país, o Bradesco e o Itaú-Unibanco, concluem que a recessão brasileira terminou em maio. Depois de dois trimestres seguidos de retração, a economia voltou a crescer naquele mês, exatamente no meio do segundo trimestre.
Segundo análise do Bradesco, com dados até maio, o PIB do segundo trimestre já apontava um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre anterior. Até abril, os resultados eram negativos.
Os economistas do Itaú-Unibanco detectaram em maio uma alta de 2,3% do PIB em relação a abril, o que também sugere a primeira expansão depois da eclosão da crise econômica global.
Os números indicam que a previsão do governo de crescimento entre 1% e 2% do PIB deste ano, na contramão do Primeiro Mundo, é bastante factível.
Se não houver surpresas, o Brasil será um dos primeiros países do mundo a superar a crise - e, até mesmo, a tirar proveito dela.
Se a notícia é alentadora do ponto de vista econômico, deixa os inimigos do governo Lula de cabelo em pé.
É fato notório que eles comemoraram a chegada da crise em terras brasileiras se não soltando rojões em público, pelo menos bebendo champanhe no aconchego de seus gabinetes.
Pois a enorme popularidade de Lula, diziam os seus críticos, não havia sido construída à custa das condições excepcionalmente favoráveis da economia mundial, com a ajudazinha de uma boa dose de populismo demagógico?
O fato é que o governo respondeu de maneira pronta aos efeitos adversos da deterioração da economia e, em poucos meses, reverteu o jogo.
A análise inicial de que o mercado interno, forte como nunca antes, poderia servir como colchão para amortecer as pancadas mais violentas vindas lá de fora, se mostrou acertada.
Em menos de um ano o país superou aquela que, na opinião de vários dos principais adversários, seria a prova de fogo da capacidade administrativa do governo Lula.
Por muito, mas muito menos, o Brasil de FHC se viu quebrado.
Resta agora à oposição insistir na tática de produzir, com a ajuda da mídia, factóides e mais factóides que ajudem a desestabilizar o governo - e rezar para que algum deles tenha a dose de mal necessária para atingir Lula.
Pode ser que dê certo. Mas que está difícil, está.
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