Em tempos normais, essa perseguição que a "grande" imprensa promove contra a Petrobras, procurando escândalos na empresa a todo momento, soaria como algo doentio. Nas circunstâncias em que o país está, porém, em que a oposição - a maioria da mídia incluída - busca desesperadamente qualquer tipo de arma para disparar contra o governo, tudo parece ser absolutamente normal.
Portanto, é de se compreender que a empresa busque se defender da melhor maneira possível. A Petrobras, como se sabe, é uma companhia aberta, com papéis negociados - e muito bem - na Bolsa de Valores, com milhares de acionistas espalhados por todo o país. Tem, portanto, como qualquer outra empresa, obrigações claras com quem detém suas ações. Entre essas, é óbvio, está a de responder a ataques, insinuações, suspeitas, denúncias, ou o que seja, contra seus procedimentos, seus dirigentes ou funcionários. Se não fizesse isso, estaria sendo omissa - e o pior, faltando com seu dever para com seus acionistas, podendo até mesmo ser responsabilizada judicialmente.
Nessa linha de raciocínio, soam no mínimo impertinentes esses esperneios contra o lançamento do Blog da Petrobras, no qual a empresa responde a todas as matérias que a atacam, inclusive publicando na íntegra as perguntas e respostas que lhes foram feitas, e, mais recentemente, contra a contratação de uma empresa de comunicação, a Companhia de Notícias, para reforçar internamente esse setor, mais que nunca estratégico neste momento.
Com esses procedimentos a Petrobras mais uma vez mostra que não foi à toa que conseguiu chegar à posição de liderança que ocupa no mundo. Talvez seja por isso mesmo que sofra tantos ataques: atingí-la equivale a ganhar o grande prêmio - mesmo que isso prejudique, direta e indiretamente, o próprio país.
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