Sem mais delongas, vamos às considerações finais da Nota Técnica intitulada "Pobreza e crise econômica: o que há de novo no Brasil metropolitana", publicada esta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea):
"A pobreza nas seis regiões metropolitanas não vem aumentando desde o
início da contaminação do Brasil pela crise internacional. Pelo contrário, registra-se, até o mês de abril de 2009, a continuidade da sua queda.
Tudo isso ocorre de forma distinta do verificado em outros períodos em que
o Brasil registrou forte desaceleração econômica. De maneira geral, as recessões de
1982/83 e de 1989/90 impuseram forte aumento da pobreza no Brasil metropolitano.
Ainda que a taxa de pobreza não tenha se elevado tanto como nos períodos recessivos, a desaceleração de 1998/99 impôs perdas importantes à base da pirâmide social.
Entre as possíveis razões explicativas para a recente trajetória de pobreza
metropolitana diversa de outros períodos analisados, encontram-se as políticas públicas.
A elevação do valor real do salário mínimo e a existência de uma rede de garantia de
renda aos pobres contribuem para que a base da pirâmide social não seja a mais
atingida, conforme observado em períodos anteriores de forte desaceleração econômica
no Brasil. Esses efeitos também são válidos para o interior do país, onde os efeitos do Bolsa Família e, sobretudo, da aposentadoria rural e do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), são ainda mais presentes em termos da proporção sobre a
população."
Há pouco a acrescentar. Apenas que são fatos como esse que explicam o desespero da oposição, que atira para todos os lados numa fúria cega, na tentativa de desestabilizar o governo Lula, com a cumplicidade explícita de praticamente a totalidade da imprensa.
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