É claro que essa tal CPI da Petrobras vai render muito noticiário. Afinal, trata-se de "investigar" a maior empresa brasileira, uma das maiores do mundo, e que passa por um momento especial em sua história: está prestes a investir em algo - a camada de pré-sal - que pode proporcionar ao país a solução para muitos de seus problemas.
Talvez isso explique em parte a sanha com que tucanos e pefelistas, ajudados pela grande mídia, se lançaram nessa aventura. Parece que viram que agora é o "tudo ou nada" que estavam aguardando há tempos. Podem, de uma só vez, desarticular os esforços que se fazem para definir um modelo de exploração do pré-sal que seja o mais benéfico possível para o Brasil, e continuar com a estratégia de "sangar" o governo Lula a fim de que ele chegue o mais enfraquecido possível à eleição presidencial de 2010.
Como a ofensiva ainda está com a oposição, espera-se agora que tanto o governo quanto a Petrobras tracem um plano de ação capaz de virar o jogo a seu favor. E esse jogo deve ser jogado em todas as frentes possíveis: nos bastidores do Congresso, na imprensa alternativa e nas ruas, como a manifestação recentemente liderada pelos petroleiros no Rio.
Só assim será possível desarmar mais essa tentativa dos setores dessa direita, que não se conforma em não ser mais a protagonista da história, de acabar com a esperança de que este país se transforme numa verdadeira democracia.
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