Novos indicadores dão conta que o pior da crise econômica global já ficou para trás no Brasil e o que se constata é uma recuperação generalizada. Até mesmo os porta-vozes da Fiesp, que até outro dia viam apenas o copo meio vazio, estão agora mudando o discurso.
Paulo Francini, o arauto das más notícias do empresariado paulista, por exemplo, disse hoje que a indústria de São Paulo deve interromper a série de quedas no índice de emprego a partir deste mês, ou ao menos ter uma queda "residual".
"No mês passado já tínhamos visto uma atenuação da perda. Abril nos deu a mesma impressão", afirmou. "A força maior já passou, e agora se tiver mais alguma baixa será residual. Pode até cair de novo em maio, embora acreditemos em uma estabilidade."
Outro indicador da entidade, chamado Sensor Fiesp, relativo à primeira quinzena de maio, ficou em 53,2 pontos, descolando-se do cenário pessimista visto desde o agravamento da crise, em fins do ano passado. Francini destacou o indicador de vendas, que passou dos 60 pontos pela primeira vez desde março de 2007, e o de estoque, que é o mais fraco do Sensor (44 pontos), mas já se aproxima dos 50 pontos, que indica estabilidade.
"Esse número mostra que os estoques estão sendo absorvidos, resultando em um ajuste entre a produção e a demanda", disse Francini. "Com isso, em breve a produção deve se alinhar com as vendas e a produção voltará a crescer, estabilizando o emprego."
Já o IBGE apontou que as vendas no varejo em março aumentaram 0,3% em relação a fevereiro e a receita nominal teve alta de 0,5%.Foi a terceira elevação seguida. Os técnicos do órgão esclareceram que o resultado foi prejudicado pelo efeito calendário, que prejudicou as vendas dos super e hipermercados.
As notícias não são boas apenas para os pessimistas profissionais, essa turma que tem no desprezo e ódio pelo país a sua razão de vida. Infelizmente para eles, o tsunami que haviam previsto e ansiosamente aguardavam está virando mesmo uma marolinha.
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