sexta-feira, 10 de abril de 2009

Volta por cima

Não são poucos os que acham que os efeitos da crise econômica global no país são supervalorizados. A professora Maria da Conceição Tavares é uma delas. Na entrevista que deu ao Terra Magazine, ela fala sobre isso:
-A senhora acredita que há uma hipervalorização da crise aqui no Brasil?
- A imprensa tem que escrever notícia com esse viés pessimista. Faz manchete. Isso é minha opinião. Isso não contribui em nada. Manchete desse estilo é uma manchete terrorista, não tem sentido. Por que não compara com os diversos países do mundo? E porque não diz que o superávit ainda está acima da meta? O único país que está melhor que a gente é a China. Estamos melhor que a Rússia e outros. Não vejo nenhuma apreensão, assim como não vejo em relação à projeção do PIB. O Banco Central diz que é de 1,2%. Vamos ver. Sobretudo levando em conta que em dezembro absorveu, pela metodologia das pesquisas do IBGE, toda a queda do PIB. Agora, a queda da taxa de crescimento do ano passado foi toda absorvida em dezembro. Então não tem efeito de repasse esse ano.
Os números de março do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, que mostra a evolução do emprego com carteira assinada, devem, assim como os de fevereiro, apresentar saldo positivo, isto é, no mês houve mais contratações do que demissões. No ano ainda há déficit de vagas, mas a reação dos últimos dois meses indica uma tendência positiva.
O índice ABCR de atividade, produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada, mostra que em março o fluxo de veículos pesados nas estradas do país cresceu 1,2% em março em comparação com fevereiro, considerando os dados dessazonalizados.
“Depois de quatro quedas consecutivas, o fluxo de pesados iniciou recuperação em fevereiro. A confirmação se deu agora com o crescimento de 1,2% em março em relação a fevereiro”, explica Ariadne Vitoriano, analista da Tendências.
“O resultado do Índice ABCR acompanha o momento de recuperação da indústria. Em fevereiro, o dado do IBGE mostrou aumento de 1,8% da produção industrial em relação a janeiro de 2009, enquanto o levantamento também apontou alta de 2,1% nesta mesma comparação”, explica Ariadne.
Esses e outros dados, relativos à indústria automobilística, ao setor de construção, entre outros, além das medidas tomadas pelo governo, indicam que já há sinais fortes de recuperação da atividade econômica no país. 
Pode ser que quem previu uma marolinha em vez de um tsunami no país estivesse mesmo com a razão. 
Para profundo desapontamento dos quinta colunas.

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