O maître vai até o cliente e diz:
- Ou o senhor apaga o cigarro ou eu chamo a polícia.
Ou essa outra.
O sujeito, no estádio de futebol, pergunta ao PM mais próximo:
- Olha só aquele cara fumando ali na arquibancada. O sr. não vai fazer nada?
Irreal? Imaginação de um louco? Não, simplesmente, a nova realidade paulista, Estado que se põe na vanguarda nesse processo de construção de um homem mais sadio, mais feliz e mais livre.
A justificativa da nova lei antifumo é beneficiar a saúde pública. Qualquer um sabe que o cigarro faz mal - assim como o álcool. Mas não se vê nenhuma iniciativa para proibir a fabricação e a venda de cigarros - ou de bebidas. Se isso fosse feito, aí sim, se cortaria o mal pela raiz.
Essa lei do governador José Serra é absolutamente inócua. Vai para a categoria das que "não pegam". É apenas um factóide, um ato de hipocrisia.
Mais ou menos como a tal inspeção veicular para veículos novos levada a efeito por Kassab.
De qualquer maneira, é mais um passo de Serra rumo ao Palácio do Planalto.
Até hoje Jânio Quadros é lembrado por ter proibido brigas de galo e biquinis em todo o país - além, claro, por sua renúncia, gesto que antecedeu momentos trágicos da história brasileira.
Os exemplos desse modo de governar são vários, infelizmente. Tais medidas visam apenas abastecer um noticiário que se satisfaz com bobagens consumidas por uma classe média acrítica, bovina e meio abobalhada - de que Serra e companhia são líderes incontestáveis.
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