Antes dele chamar os jornalistas para explicar o seu sumiço, as versões mais absurdas e incovenientes foram jogadas ao público, todas sem obedecer ao mais elementar princípio jornalístico, ou seja, a veracidade. Meros boatos circularam como se fossem o fato ocorrido, "especialistas" de todas as coisas alegremente "esclareceram" o comportamento do jogador.
Um deles, Marco Aurélio Cunha, que alterna as funções de vereador, cartola do São Paulo FC e médico, revelou, sem nunca ter feito sequer um exame mais detalhado, que Adriano é portador de sérios distúrbios psiquiátricos.
Mesmo depois de se abrir com os jornalistas para, numa atitude corajosa, revelar sua opção pela felicidade pessoal em vez da busca do dinheiro e da fama, foram muitos que insistiram em lições de moral - a moral de um sistema social materialista, frio,egoísta e desumano.
A imprensa brasileira já escreveu muitas páginas indignas de sua missão. Nunca usou os erros para superar sua indisfarçável vocação mercantilista.
Pelo menos tem algo a seu favor: não discrimina ricos ou pobres - quando quer, destrói todos igualmente.
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