terça-feira, 21 de abril de 2009

A hora do pânico

Leio que o PPS aproveitou o tempo a que tem direito para expor seu programa partidário na televisão para anunciar que o governo Lula pretende fazer com a poupança o mesmo que fez Fernando Collor no seu malfadado pacote econômico. Para quem não se lembra, as contas de poupança ficaram congeladas por 18 meses.
O país entrou em estado de choque. 
Se tal fato ocorreu mesmo, o PPS agiu não só com irresponsabilidade, mas de maneira criminosa. Não é possível que uma agremiação política utilize uma rede nacional de televisão para espalhar mentiras sobre algo tão sensível aos brasileiros como é a caderneta de poupança.
O governo está mesmo preocupado com a migração de grande parte das aplicações financeiras para a poupança. Esse é um problema sério, pois o dinheiro da poupança é carimbado, tem destinação certa para a habitação, não pode, como o de outras aplicações, ter outra finalidade. Certamente haverá mudança nas regras, mas nada nem de longe parecido com o confisco de Collor. O próprio presidente Lula já foi taxativo sobre o assunto: os pequenos poupadores devem ser protegidos.
Ao se portar com tamanha leviandade, o PPS dá mais um passo rumo ao abismo, dá mais um laço na corda em que acabará se enforcando. 
Roberto Freire, Raul Jungmann, Soninha e outros ilustres próceres dessa legenda que a cada dia se torna mais insignificante, parece que ainda não acordaram para o fato de que os tempos estão mudando rapidamente, que as pessoas já estão se livrando do monopólio da informação corporativa, já detectam a manipulação grossseira, já começam a diferenciar o populista demagogo do homem público sério. 
E pensar que um dia essa gente era tida como de esquerda!
Como o mundo dá voltas... 

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