O episódio envolvendo o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa praticamente já se esgotou. Ficou no ar a satisfação de ver uma das figuras mais emblemáticas do Brasil do jeitinho, da maracutaia, das grandes (e pequenas) negociatas, dos arranjos debaixo do pano, ser humilhado em rede de televisão - e, principalmente, pela internet.
Na vida as pessoas fazem escolhas. Pode ser coisa pequena, sem consequência, tipo que filme assistir, ou grande, definitiva, tipo que pessoa vou ser, que exemplo vou dar aos meus filhos, à minha família, aos meus amigos, a mim mesmo.
Gilmar Mendes, como tantos outros grandes, escolheu o seu caminho. Será, pelo menos até 2010, presidente da mais alta corte de Justiça do país, terá aduladores de todos os quilates, desfrutará das mais altas mordomias, será recebido em salões refinados com os salamalaques devidos, comerá e beberá do melhor, mas continuará, por toda a sua vida, sendo o símbolo de tudo o que os homens de bem - sim, eles existem! - mais abominam.
Ele é o poderoso que não se compadece dos humildes.
Nobre Carlos Motta
ResponderExcluirPara mim não esgotou não. Tenho esperança que possamos ir às ruas pedir o impeachment de Gilmar Dantas.
Em 19/07/08 fomos às ruas, no Rio o movimento foi fraco sim, mas em São Paulo, conduzido pelo Eduardo Guimarâes foi mais forte. As faixas estão guardadas em casa. Estamos passando e repassando e-mails novamente para ver o que dá. Se seus leitores puderem nos ler que possam mandar e-mails para partidos, instituições, sindicatos, MST, etc.
Abçs
Geurgetown F. Araujo
http://apolitesca.blogspot.com/
Caro Geurgetown,
ResponderExcluirentenda que acho que a discussão se esgotou apenas em termos factuais. Acredito que suas consequências são sérias e ainda imprevisíveis. E que o recado da sociedade quanto à atuação de Gilmar Mendes à frente do STF já é suficientemente explícito por todas as manifestações vistas em todas as mídias.
Ele não só se desmoralizou pessoal e profissionalmente como desmoralizou o poder em que atua e o qual representa.
Um grande abraço,
Motta