sexta-feira, 13 de março de 2009

O indefeso consumidor

Muito já se falou sobre as mazelas do consumidor brasileiro, alvo de tantas mutretas que nem dez mil Códigos de Defesa do Sei Lá o Que For conseguiriam enquadrar. 
No Brasil é assim: comprou, está resolvido. O que vier depois não é problema do vendedor. Azar o seu se o produto estiver quebrado, se não for entregue, se parar de funcionar minutos depois, se morder...
A garantia não garante, o atendimento ao consumidor não atende e, incrível, o site da empresa não tem e-mail de contato!
Para que existe o site, então?
É o caso da Panasonic do Brasil.
Um ano e meio depois de comprado, o gravador/reprodutor de DVD que me proporcionava incríveis momentos de lazer parou de funcionar.
O técnico da assistência autorizada da multinacional perto de casa, uma biboquinha como centenas de outras em São Paulo, avisa que a peça deverá custar caro. 
Pergunto quanto: "Uns R$ 300", responde ele. 
Penso com os meus botões: "Mas isso é o preço de um produto novo!"
E desisto do conserto. 
Mas, de qualquer forma, queria levar uma humilde queixa ao fabricante do produto que durou um ano e meio - uma vida curta, porém digna.
Para fazer isso, porém, terei de telefonar, esperar minutos angustiantes, tentar explicar o caso para uma desinteressada atendente, que, por fim, dirá algo como "o produto foi descontinuado, teremos de encomendar as peças, por isso elas são caras" e tome blablablá.
Melhor não.
Mais fácil escrever uma "crônica".

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