quinta-feira, 19 de março de 2009

A cólera dos deuses

Mais que a chuva, assusta em São Paulo a inação do poder público em relação à calamidade.
Não existe na capital nenhum sistema, nenhum aparelho, nenhum profissional que possa detectar a possibilidade de o temporal desabar?
Não há nenhum mapeamento das áreas que costumam alagar e, por consequência, oferecem risco à integridade dos cidadãos?
Por que, pelo menos, esses locais não são interditados antes do dilúvio?
Não se tem nenhuma equipe treinada para coordenar as ações preventivas?
Entra ano, sai ano, o que se ouve é que São Paulo ficará livre das enchentes. Piscinões e outras obras maravilhosas acabarão com a praga.
E ela, num claro desafio aos ditames das autoridades de plantão, insiste e sempre volta, como se fosse a cólera dos deuses, destruindo propriedades, arruinando vidas, matando pessoas.
Mas, afinal, o que fazem esses abobados que se escondem atrás de mesas enquanto o mundo acaba?
Rezam para a chuva parar logo?

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