O prefeito paulistano, Gilberto Kassab, começa a mostrar a que veio. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, vai congelar R$ 6,9 bilhões, ou mais de 25% do Orçamento. Nos próximos dois meses nenhuma obra nova será iniciada, com exceção das de saúde e educação. E as obras em andamento terão o ritmo reduzido. O jornal diz ainda que o congelamento é o maior da história da cidade.
Com a decisão, Kassab vai na contramão de todos os governos do mundo, que, neste momento de crise econômica, procuram acelerar, ou pelo menos manter, os investimentos. Ele sequer pensa em aplicar a receita tão apregoada pelo partido a que pertence, o PFL, que é cortar os gastos públicos. Optou pela comodidade de esperar para ver o que vai acontecer.
Kassab não fez isso sem o consentimento de seu chefe, o governador José Serra. E Serra, com uma atitude dessas, pretende dar, por vias indiretas, uma importante contribuição para piorar um pouco mais as coisas no Brasil. Certo, faz parte de sua estratégia para ganhar as eleições em 2010. Mas não é algo que se espere de um homem público que aspira se ombrear aos maiores que o país já teve.
Definitivamente, não é um bom jeito de começar o ano.
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