A derrota de Marta Suplicy na eleição passada para a prefeitura de São Paulo é dessas coisas inexplicáveis da política.
Seu governo foi aprovado pela maioria da população e ficou marcado por importantes realizações nas áreas de educação e transportes, que levaram benefícios concretos para a população mais carente.
As propaladas taxas que criou, e que tanto foram exploradas pela oposição, praticamente não afetaram o orçamento da classe média. Mas essa chora por qualquer coisa, qualquer coisa serve de pretexto para que materialize seus medos, seus preconceitos, seu conservadorismo, sua abulia.
Contra um candidato sem carisma, sem um programa forte de governo, como José Serra, era de se esperar que a então prefeita tivesse um desempenho melhor. Foi reprovada nas urnas sem um motivo definido - há até quem diga que o fato de ter se separado do senador Eduardo Suplicy e se casado com um argentino tenha sido o motivo para a derrota.
Mas isso são, como dizem, águas passadas. A realidade é que Marta Suplicy soube superar vários problemas e chega agora à condição de favorita ao governo da maior cidade da América do Sul, dona do terceiro maior orçamento do país.
Sua vitória é estratégica para seu partido. Além de fortalecer a legenda, pulveriza a carreira de Geraldo Alckmin e compromete a corrida de Serra ao Palácio do Planalto.
Sobre seus outros concorrentes, não há muito a dizer. Maluf vai continuar insistindo em ser Maluf pelo resto de sua vida. Kassab voltará ao anonimato do qual foi resgatado pela ambição de Serra. E Soninha... Bem, Soninha terá ainda muitos jogos de futebol para comentar.
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