Os vigilantes oposicionistas estão novamente inconformados com a audácia do governo Lula. Mal foram informados que a União pretende realizar concursos públicos para preencher mais de 70 mil vagas, criadas principalmente nas áreas de educação e saúde, deram início à conhecida e desgastada série de queixas contra o chamam de "expansão dos gastos públicos de forma descontrolada e irresponsável", como resumiu o deputado tucano Luiz Paulo Velloso Lucas.
Para eles, é o fim do mundo. O aparelhamento do Estado, na visão desses bravos, honestos e competentes parlamentares, é a consumação do plano de se criar um gigantesco cabide de empregos para acomodar legiões de petistas desempregados, que passarão a mamar nas tetas gordas do Estado.
Nossos intrépidos representantes legislativos não são os únicos a pensar assim. Muitos compartilham dessas idéias.
Para tais indivíduos, Estado é sinônimo de safadeza das grossas e, por isso, quanto menor for, melhor. Na cabeça desse povo, nada supera em eficiência e honestidade o trabalho do empreendedor privado, símbolo de todas as conquistas humanas, do antibiótico ao computador, da roda ao jogo de truco.
Paciência. Cada um que pense o que quiser. Apenas não tente torcer os fatos para encaixar neles a sua lógica. "Nós estamos abrindo novas universidades, novos campus, novas escolas técnicas, aprimorando a área de assistência social, e para isso nós precisamos de pessoal. Não podemos abrir uma universidade e não colocar funcionários lá dentro. Estamos ampliando as vagas e certamente vamos precisar de gente para atender a essas demandas", respondeu ao tucano Velloso Lucas o deputado petista Geraldo Magella.
É uma boa justificativa essa - abrimos escolas, precisamos de professores e funcionários; abrimos um hospital, precisamos de médicos e...funcionários. Não seria o mesmo se tal incumbência estivesse, como desejam os progressistas oposicionistas, nas mãos da chamada "iniciativa privada"?
Ou, para eles, os homens são prescindíveis?
Pensando bem, talvez seja isso mesmo o que queiram dizer com "Estado mínimo"....
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