Algo inédito ocorre hoje no país. Nunca antes se viu tanta movimentação, de tantas pessoas importantes, para salvar tão poucos. São parlamentares, advogados, jornalistas, gente das mais variadas ocupações, que se movem em conjunto, para transformar réus em vítimas, acusados em acusadores.
A proposta do deputado Raul Jungmann, do PPS pernambucano, de levar o delegado Protógenes, condutor da operação que chegou, por instantes, a prender Daniel Dantas e sua turma, a fazer uma acareação com o banqueiro na CPI do Grampo, é parte desse movimento.
É, também, uma proposta inédita: onde já se viu colocar face a face, para "dirimir dúvidas" quem é acusado dos mais variados crimes e quem foi o responsável pelas investigações que levaram à descoberta desses crimes? Qual a finalidade desse absurdo, a não ser dar mais chances ao acusado de espalhar mais mentiras, mais insinuações, mais calúnias - todas sem provas?
Nesse festival de ineditismos e despropósitos vai mais um: a decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir o uso de algemas no ato da prisão de suspeitos.
E outro: levar o chefe do setor de inteligência do país a "testemunhar" nessa marota CPI.
E por aí vai a seqüência de atos absolutamente injustificáveis para qualquer pessoa comum - ou melhor, plenamente justificáveis para uma casta que usa o país e suas instituições com a única finalidade de se locupletar.
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