A tal "lista suja" providenciada pela Associação dos Magistrados do Brasil, definitivamente, não é uma boa idéia. Ou melhor, seria, se não misturasse alhos com bugalhos - afinal, o que significa, para os advogados, ser processado?
Pois, mais que ninguém, eles deveriam saber que, a rigor, uma pessoa, ou uma empresa, ou seja lá quem for, sofre um processo por inúmeras razões, até mesmo por ser honesta demais.
No tempo em que Erundina despachava na Prefeitura de São Paulo havia um deputado, o mesmo Campos Machado que hoje é vice na chapa de Geraldo, que, dia sim, dia não, metia um processo contra a prefeita.
O motivo podia ser qualquer um. Na verdade, o deputado topetudo não precisava de motivo. Sua função, assim como a de outros ilustres munícipes na ocasião, era simplesmente processar a prefeita.
Se a coitada fosse hoje candidata, certamente estaria puxando a fila na tal lista da AMB. Maluf ficaria com inveja.
O exemplo de Erundina vale para qualquer político ou pessoa que ocupe um cargo público. É preciso diferenciar aquele está na Justiça por uma briga com um desafeto qualquer daquele outro que prevaricou, meteu a mão no dinheiro público, embolsou a famosa caixinha, fez trambicagens variadas, usou e abusou do erário, enfim, resumindo, roubou.
A AMB com a sua "lista suja" conseguiu foi dar munição para políticos oportunistas, desonestos, falsos moralistas e neolacerdistas em geral, que cultivam a arte da dissimulação porque sabem que ela rende muitos frutos neste país onde a hipocrisia não só é bem aceita, mas é cultivada com muito zelo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário