O jornalista Paulo Henrique Amorim antecipou, em seu blog, todos os lances do jogo preferido do banqueiro Daniel Dantas. Teve, ao seu lado, nessa empreitada, outro jornalista, Mino Carta, que, por meio de sua revista, Carta Capital, também expôs os movimentos que levaram o dono do Opportunity a consolidar uma, aparentemente, formidável e quase inexpugnável rede de influência que abrange os três Poderes, os meios de comunicação e vários outras instituições.
Os dois foram exceções que honraram uma profissão decadente de valores e de ética.
Os últimos acontecimentos mancharam irremediavelmente a imagem do Judiciário.
Mas serviram para mostrar que, em meio a esse imenso mar subterrâneo de substâncias pútridas, existem, felizmente, algumas ilhas de sanidade que têm, com seu viço, pelo menos impedido a proliferação da imundície.
São esses - os jornalistas que empreendem uma luta de aparência quixotesca, policiais, juízes, promotores, procuradores do Ministério Público e outros servidores anônimos de uma causa justa - que, neste momento dantesco da história do país, podem não só resistir ao assédio do banditismo, mas despertar a consciência para uma luta que, se vitoriosa, consolidará, definitivamente, os valores republicanos nesta sofrida nação.
Nessas pessoas, que não se acovardaram nem se venderam, e souberam compreender a magnitude de sua missão, estão depositadas as nossas últimas esperanças.
A elas, toda a nossa gratidão.
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