As manifestações a favor do juiz De Sanctis, que mandou prender a turma de Dantas, e contra o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que tirou o pessoal da cadeia, crescem em todo o país.
Vão desde abaixos-assinados na internet a atos de procuradores e juízes. Páginas no Orkut reprovando a presteza de Mendes se multiplicam.
Esses são sinais claros de que o brasileiro comum quer ver seu país andando direito. É o que chamam de cidadania. Mostram uma maturidade democrática que outros setores, como a imprensa, por exemplo, não têm.
É o caso da Folha de S. Paulo. Publicou em destaque matéria em que busca desqualificar o delegado Protógenes Queiróz, pintando-o como um ingênuo que divide o mundo entre bons e maus, e, supremo pecado, mau escriba.
Como se o jornal em questão fosse um produto isento dos mais grosseiros erros de português - e um ladrão deixasse de ser um ladrão porque seu nome foi grafado com um S ou um N a mais ou a menos.
Por trás de tudo o que se vê é mais uma tentativa dos jornalões de colocar os holofotes no acessório e deixar o principal na escuridão. Por isso a insistência no debate sobre o uso de algemas na detenção dos meliantes ricos - nos pobres, claro que pode -, sobre o papel do advogado e ex-deputado Luís Eduardo Greenhalg e do chefe de Gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, em toda a história, e, suprema ironia, sobre os principais responsáveis pelo desbaratamento da quadrilha, o delegado Queiróz e os policiais federais a ele subordinados.
Com isso, Daniel Dantas e sua turma vão ficando em segundo plano. Logo mais, se os planos correrem bem, ficarão esquecidos.
E, no banco dos réus estarão aqueles que ousaram mexer com gente tão poderosa.
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