O número de pessoas satisfeitas e muito satisfeitas com o Brasil caiu, em um ano, de 75% para 67%. Já o das insatisfeitas cresceu de 24% para 32%. A constatação é de uma pesquisa da Vox Populi, cuja íntegra pode ser acessada no site do PT. Já a avaliação do desempenho do presidente Lula teve trajetória inversa: foi de 44% para 59% (ótimo/bom), enquanto os que a definiram como regular negativa caíram de 13% para 8% e os que a vêem como ruim/péssima foram de 17% para 7%.
A pesquisa mostra que a implantação de programas sociais foi a melhor coisa feita pelo governo Lula (34%), seguida de perto pelo programa Bolsa Família (27%). Também merece destaque a política econômica (20%), o controle da inflação, a geração de empregos e os investimentos em educação (6%), o aumento do índice de reajuste salarial (5%) e o pagamento da dívida externa (4%). O Programa de Aceleração do Crescimento, o Bolsa Escola e o combate à corrupção foram lembrados por 3% dos entrevistados como aspectos positivos do governo Lula.
Já 13% dos ouvidos pelo Vox Populi lembraram o não combate à corrupção como a pior coisa que Lula fez em seu governo. Em seguida, como pontos negativos, estão a política econômica (6%), os programas sociais (5%) e o Bolsa Família (4%).
Com seu governo aprovado pela maioria, se Lula pudesse ser candidato em 2010, 43% dos entrevistados votariam nele novamente e 19% disseram que poderiam votar nele. Cerca de um terço (32%) respondeu que não votaria em Lula e 7% estão ainda indecisos.
Um dos aspectos mais interessantes da pesquisa é sobre o recall dos partidos políticos. O PT, com 36% de respostas, foi o partido mais lembrado pelos entrevistados, seguido pelo PMDB, com 22%, e pelo PSDB, com 15%. O DEM teve apenas 4% das menções, mesma porcentagem do PDT. PSB, PTB e PV foram lembrados só por 2% dos entrevistados.
Disseram que têm muita simpatia e alguma simpatia pelo PT 42% dos pesquisados. São indiferentes à legenda, 41%, e mostraram alguma antipatia e muita antipatia, 12% das pessoas. Na percepção dos entrevistados, o PMDB (18%) é o partido que tem idéias mais próximas às do PT e o PSDB (12%) é o que se encontra mais distante. Cinquenta e sete por cento das pessoas acham positiva a atuação do PT na política brasileira, 12% consideram-na negativa e 25% disseram que ela é regular.
Em relação à fidelidade partidária, 47% dos entrevistados são da opinião que os parlamentares devem ser fiéis ao partido que escolheram para se filiar e devem votar seguindo a orientação de seu partido, enquanto 43% disseram que os parlamentares devem ter autonomia para decidir conforme sua própria vontade e votar individualmente, mesmo contra a orientação partidária. Na mesma lógica, 49% acharam que o mandato do parlamentar pertence ao partido e se ele quiser mudar de legenda, deve perder o mandato, enquanto 41% são de opinião oposta.
No geral, as respostas contrariam a percepção que é expressa diuturnamente sobre o Brasil e os atores da cena política pela quase totalidade da mídia. Em alguns casos, a distância entre o país real e o imaginado pelas mentes dessa douta casta não dá nem para ser medida. É, para resumir, uma coisa de louco.
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