Ao anunciar aos jornalistas que o acompanhavam em seu giro ao Caribe e América Central a descoberta de nova jazida de petróleo no litoral brasileiro, o presidente Lula afirmou que "Deus resolveu passar no Brasil e ficar, não foi embora".
O óleo desse novo poço, que não exige, para ser extraído, a cara tecnologia dos megacampos de Tupi, na Bacia de Santos, é do tipo extra-leve, o mais valorizado.
Na empolgação do momento, Lula lembrou-se de Deus, que certamente o perdoou por ter usado seu santo nome em vão, já que a intervenção divina, nesses casos, é pequena.
O que vale mesmo são os anos de investimento, pesquisa, trabalho e dedicação da Petrobras, que tornaram possível a concretização do sonho de Monteiro Lobato, o genial visionário que, no início do século 20, quando o capitalismo no Brasil ainda usava fraldas, exigia atenção às nossas riquezas minerais e, principalmente, àquele óleo escuro e sujo que se tornou o bem mais disputado e precioso da humanidade.
Nações viriam a se formar, enriquecer e se destruir, em poucos anos, devido ao petróleo. Fortunas se fizeram, políticos conquistaram poder e empresários engordaram ainda mais seus cofres às custas dos imensos lucros proporcionados pelo produto que virou a maior fonte de energia do planeta.
No Brasil, em pouco mais de 50 anos, a Petrobras se transformou numa das principais empresas do mundo. Quebrou paradigmas, como o de que o país não tinha petróleo, desenvolveu sua própria tecnologia para extraí-lo das águas profundas dos mares, e tem procurado se tornar menos uma petrolífera e mais uma companhia especializada em prover energia, investindo em combustíveis alternativos, como o biodiesel.
E, se hoje é capaz de produzir mais de 2 milhões de barris de petróleo por dia, suprindo todas as necessidades do país, em questão de alguns poucos anos estará ao lado das invejadas exportadoras. Isso tudo sempre combatendo inimigos internos, incansáveis quinta-colunas que nunca perderam uma oportunidade sequer para sabotar a empresa de todas as maneiras, em clara tentativa de entregá-la às mãos da concorrência internacional.
Quem não sem lembra, por exemplo, do projeto tucano, dos tempos da dinastia fernando-henriquista, de trocar o S final de seu nome por um X, para que ele soasse melhor aos ouvidos estrangeiros?
Mas isso felizmente é passado. Tomara que Lula esteja certo e Deus fique mais um tempinho no Brasil e dê não apenas uma, mas várias de suas infinitas mãos, à empresa que mais divulga, enobrece e representa o espírito do Brasil.
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