"A PM é o melhor inseticida contra a dengue. Conhece aquele produto, SBP? Tem o SBPM. Não fica mosquito nenhum em pé. A PM é o melhor inseticida social."
Quem disse isso, aos risos, foi o o comandante de Policiamento do Rio de Janeiro, coronel Marcus Jardim, depois da operação do famoso Bope na Vila Cruzeiro, Penha, zona norte da cidade, que resultou na morte de pelo menos nove pessoas - ou mosquitos.
A polícia tinha como objetivo cumprir 15 mandados de prisão, localizar pontos de venda de drogas e destruir barricadas feitas pelos traficantes, que estavam dificultando a ida de pessoas com dengue aos hospitais.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que os nove mortos na operação não se renderam e reagiram à ação da PM. "Quem quiser se render - e deve se render - é preso. Aqueles que resistiram de maneira injusta à atuação da PM, aconteceu o que aconteceu."
No Rio em guerra, certamente existem muitos que aplaudem esse tipo de ação. Ou as declarações do comandante da polícia. Devem ter seus motivos para isso. Mas uma autoridade que equipara, às gargalhadas, homens a insetos, deve ter algum problema mental. Um problema sério, que o incapacita ao exercício de sua função.
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