Certa vez, o Príncipe desculpou-se por uma diatribe cometida dizendo que esquecessem o que havia escrito. Fez tal afirmação contundente no alto do posto máximo da nação - já não era Príncipe, havia se tornado Rei.
Hoje, em vez de gozar o merecido descanso dos que se extenuaram anos a fio na labuta, ele, mais do que o pudor recomenda, dita sentenças - definitivas - sobre tudo, ou quase. Isso quando não vai mais além e, como diz a plebe, bota a mão na massa - ou quase.
Instado por um repórter a comentar o interesse do PT em instituir no país um imposto sobre grandes fortunas, ele, que no tempo em que ainda aspirava ao trono foi autor de proposta semelhante, plagiou a si mesmo com uma resposta que não deixa dúvida sobre a genialidade de seu pensamento:
“Há dois problemas muito difíceis de resolver, que são a definição de grandes fortunas, conceito de que trata a Constituição, e o aspecto confiscatório que ele passa a assumir a partir de um determinado momento”, disse.
Por essas e por outras é que ele é o Príncipe e nós, seus humildes súditos.
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