quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A turma do contra

A ficha não caiu ainda para aquela turma do contra. Seus integrantes - muitos e ruidosos - não perceberam a importância de o Brasil ser escolhido para sede da Copa do Mundo de 2014. Elogiam o evento e desqualificam o país escolhido para o abrigar. Agem como colonizados. Confundem as coisas ao misturar verbas privadas e públicas. Ou orçamentos inteiros, quando começam com o lenga-lenga de "sabe quantos hospitais daria para construir com o dinheiro que o governo vai gastar na Copa?" É uma turma que realmente está aí para confundir e não para explicar (saudades do Chacrinha).
A Copa é um evento da Fifa, portanto privado. Como é um megaevento, que recebe milhares de visitantes e jornalistas de todo o mundo, requer uma infra-estrutura adequada. Os estádios, onde os jogos serão realizados, são particulares, se eles forem de clubes, ou públicos, se forem de governos (municipal, estadual ou federal). Os hotéis onde os visitantes se hospedarão, são privados. Os aeroportos, públicos. E assim por diante.
Não dá para fazer a confusão que essa turma quer fazer, primeiro dizendo que o governo (qual governo - municipal, estadual ou federal?) vai gastar um dinheirão que poderia ir para causas mais meritórias. Pois o governo (pelo menos o federal) pretende investir apenas naquilo que já é de sua competência, como infra-estrutura e segurança pública. E, segundo, que vai haver uma roubalheira, afirmação que, por si só, é leviana - pois, na verdade, é apenas uma previsão, não a constatação de um fato. Se houver, será entre os agentes da iniciativa privada, pois a eles cabe a maior parte da conta. Mas como, segundo essa turma, quem rouba é apenas o governo....
Enfim, a turma do contra não vai se calar tão facilmente. Vai procurar pêlo em ovo. Vai torcer para tudo dar errado - é até possível que dê. Mas uma coisa é certa. Muitos de seus integrantes não recusarão convites para assistir aos jogos em tribunas especiais. A turma pode ser do contra, mas é a favor de um jabá.

As histórias fictícias que poderiam ser reais estão em Contos do Motta

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