terça-feira, 21 de agosto de 2007

Figurinha carimbada

Ainda saboreando a repercussão da reportagem de João Moreira Salles na revista Piauí, na qual é o protagonista, e em que afirmou que o Brasil "é isso aí mesmo", FHC voltou a falar - mal - do presidente Lula. Não se conteve ao ser perguntado sobre o que achava do programa para a segurança pública lançado pelo governo. Como desconhecia completamente o conteúdo, tentou fazer gracinha: "O governo lança, lança, lança, mas o problema não é lançar, é concretizar, aterrissar...O que é preciso é fazer. Tenho medo que venhamos a nos transformar numa espécie de Cabo Canaveral."
Com o tempo, FHC está se tornando tão ou mais falastrão que o adversário (ou inimigo) que tanto combate. O problema é que, ao agir assim, ele vai se transformando numa figura folclórica, um tipo de anedota, o sujeito que os repórteres procuram para ouvir alguma frase ridícula que renda um título. O que, convenhamos, é um triste fim para quem foi presidente da República duas vezes (mesmo que isso tenha custado quase a destruição do país) e teve a alcunha de "Princípe dos Sociólogos"(mesmo que ele tenha mandado esquecer o que escreveu).
Se continuar nesse ritmo, FHC será para a política o que Vicente Matheus foi para o futebol. Bem, mas ele deve saber que quem está na chuva é para se queimar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário