O ministro das Comunicações, Hélio Costa, é a favor da proibição de cópias de programas na futura TV digital. Argumenta que se deixasse as cópias livres, os produtores de filmes e programação esportiva se desinteressariam em vender suas porcarias ao Brasil.
O ministro se esquece, na sua argumentação, de dizer que hoje é perfeitamente possível copiar os programas tanto no formato do antigo VHS como no moderno DVD e os produtores nunca deixaram de empurrar suas drogas para as emissoras locais.
O que mudaria, então com a TV digital? A imagem seria melhor, e portanto, a cópia mais perfeita. Talvez Costa ache que isso é o incentivo que falta para que todo mundo saia vendendo loucamente os grandes filmes exibidos pela televisão brasileira. Será possível que Costa nunca ouviu falar de camelôs?
Mas é mais fácil acreditar que o ministro continua agindo como sempre, a favor das emissoras e contra os interesses do público. E fará dessa forma até seu chefe perceber que não adianta nada mantê-lo no cargo porque a Rede Globo, ex-empregadora de Costa, não vai desistir de atacar o governo. Pelo menos este governo.
Política, economia, artes, futebol, comportamento, tudo o que é notícia, na visão do jornalista Carlos Motta
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