quarta-feira, 20 de junho de 2007

Nocivo à saúde

O udenismo do PPS parece não ter tamanho. O partido presidido pelo inefável Roberto Freire vai ao Supremo contra a classificação indicativa de programas de televisão, que cria faixas de horário de programação classificadas por idade. As emissoras podem auto-classificar sua programação, mas são obrigadas a respeitar as faixas.
Segundo Freire, "sob o imponente e eufêmico nome de 'classificação indicativa', o Ministério da Justiça busca ressuscitar, por meio de um ato normativo, a vetusta e famigerada censura, abolida pela ordem constitucional de 1988". Ele vai mais fundo e acusa o governo de "confessar uma visão policialesca sobre o princípio da livre manifestação de pensamento".
Freire e seu PPS podem ficar tranqüilos: a classificação indicativa, como seu próprio nome explica, apenas informa aos telespectadores a que faixa etária o programa é destinado. Se a emissora desrespeitar a classificação que ela própria fez, o Ministério da Justiça pode, no máximo, entrar com uma representação judicial para que as coisas voltem à normalidade. Censura é outra coisa. Freire deveria perguntar aos seus colegas do PFL - ops, agora são os "democratas" - o que foi a censura no Brasil, já que ela foi imposta, mais recentemente, por eles.
Mas, no fundo, o PPS deve estar com medo de que o programa partidário a que tem direito de exibir anualmente na televisão receba a indicação "não recomendável a nenhuma faixa etária".

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