A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy aceitou convite para ser ministra do Turismo. Disse que terá muito trabalho, mas confia em sua competência: se autodefiniu "uma fazedora".
Está certa a ex-prefeita: terá mesmo muito a fazer. O Brasil é hoje apenas o 36º destino mais procurado, segundo a Organização Mundial do Turismo. Em 2005, atraiu 5,4 milhões de turistas, um número 11,8% maior que o do ano anterior. Mas é pouco: a França, país mais visitado do mundo, recebeu no mesmo ano 76 milhões de turistas e faturou US$ 42 bilhões - o Brasil ficou com apenas US$ 3,9 bilhões de seus visitantes.
Estudo do Fórum Econômico Mundial, entidade que anualmente organiza um encontro da elite mundial em Davos, na Suíça, diz que pesa muito contra o turismo brasileiro a insegurança pela violência e a precariedade dos transportes terrestres. Num ranking feito pelo fórum para medir a competitividade dos países no setor, o Brasil está em 59º lugar entre 124 pesquisados.
Os números mostram claramente que é preciso crescer no setor, que representa só 2,23% do PIB. Num ministério de orçamento curto, Marta Suplicy terá de puxar pela criatividade para multiplicar os dólares. Na Prefeitura de São Paulo, pelo menos na área da educação, ela marcou um gol com a criação dos CEUs. Resta saber se ela terá disposição para trabalhar ou se a sua estada no Turismo será somente um atalho para suas ambições políticas.
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