A oposição acusa Lula de não ter ainda iniciado seu segundo mandato. Mas a oposição também não começou a trabalhar. A tentativa de criar uma CPI do Apagão mostra isso claramente. É a repetição de uma tática que se mostrou infrutífera. A obstrução da pauta parlamentar é outra maneira superada de enfrentar o governo.
Tucanos e pefelistas, na verdade, estão absolutamente perdidos neste início de segundo mandato de Lula. Tirando as demonstrações histéricas de alguns de seus representantes - não por coincidência, os gritos mais agudos partem da família Magalhães - não sobra quase nada, pois não dá para repetir ad infinitum o roteiro seguido no primeiro mandato. Queiram ou não os opositores, a imprensa e os colunistas neo-liberais, a coalizão formada por 11 partidos dá ao presidente uma blindagem muito espessa. É claro que não é fácil acomodar tantos interesses, mas, para quem não sabe, é assim que funcionam as coisas no mundo real, na democracia possível. O resto é demagogia.
Se pefelistas e tucanos quiserem ter algum sucesso na tentativa de desestabilizar o governo Lula, não será seguindo o amarelecido guia do "está tudo errado, o país está um caos". Todos que têm cérebro sabem que isso é mentira.
Antes de mais nada é preciso apresentar um projeto alternativo a tudo o que criticam. Os pefelistas e tucanos passam longe disso. O que repetem são surradas palavras de ordem - é preciso baixar os juros, cortar despesas correntes, diminuir a carga tributária - que, por si só, dizem muito pouco. Não há entre eles ninguém que diga exatamente o que fazer como contraponto ao desgoverno que tanto criticam. Se, por um acaso - e parece que será só assim mesmo - tal oposição resolver mudar seus procedimentos, ganhará o Brasil. Aí sim começará a boa briga.
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