Quércia foi decisivo na vitória do poste de Serra na eleição municipal: ao se aliar ao PFL, forneceu a Kassab minutos valiosos em sua pregação anti-PT.
Quércia é um pragmático. Não faz nada de graça. Por isso, sua explicação ao repórter do Estadão para justificar seu apoio a Serra é uma pérola. Primeiro, ele elogia a " capacidade de gestão" do governador, para em seguida completar: " Lula não teve capacidade de organizar o país no processo de crescimento, mesmo com as vantagens da economia internacional. Serra tem condições para isso."
Quércia explica ainda, na matéria, que fez um acerto com os tucanos-pefelistas paulistas sobre o Senado em 2010, dando a entender que vai, mais uma vez, concorrer ao cargo.
Dessa forma, está mais que evidente que o nome de Serra para o governo do Estado é o de Guilherme Afif Domingos, filiado ao PFL (ops, DEM), que perdeu, por muito pouco, para Eduardo Suplicy a última eleição ao Senado.
Assim, aos poucos, vão se montando as peças do xadrez sucessório de 2010. E, por incrível que pareça, nesse jogo terão lugar, pelo menos como coadjuvantes, figuras que se supunham aposentadas, como Orestes Quércia, que deu muito mais certo como empresário dos ramos imobiliário e de comunicações do que como homem público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário