Há uma percepção quase unânime entre empresários e seus porta-vozes, os jornalões, de que a economia está parando por falta de crédito. Não há confiança entre os agentes financeiros para emprestar a seus clientes. Ninguém sabe como está a contabilidade do vizinho, se ele embarcou ou não na aventura dos derivativos.
Pode ser que isso realmente esteja ocorrendo, mas o pior efeito da crise financeira global é outro, pelo menos no Brasil: são tantas as informações repetidas de que o país já tem problemas sérios que as pessoas se convencem de que esses problemas realmente já existem, mesmo que eles ainda não estejam entre nós com essa força propalada pela mídia corporativa.
É o psicológico agindo sobre as pessoas, que, temerosas com o futuro negro que todos dizem que se aproxima, mudam planos de consumo, cortam despesas, acreditam em boatos e se sentem desprotegidas e indefesas.
Para elas, não basta o presidente dizer que devem levar uma vida normal, que o governo está adotando medidas para diminuir o impacto do tsunami, ou que as autoridades econômicas garantam que têm munição suficiente para abater grande parte do inimigo.
Na verdade, para alguns esse clima de pânico é uma benção. O que tais "estrategistas" querem mesmo é que o circo pegue fogo e, de preferência, o incêndio destrua qualquer vestígio do governo Lula.
Na visão desse bando de fanáticos o fogo pode ser purificador.
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