Um dos mais aflitivos momentos na vida dos atletas é saber o momento de parar de competir. Alguns têm a percepção exata desse instante - param no auge, como se costuma dizer. Outros vão simplesmente adiando a aposentadoria e, não raras vezes, vivem situações constrangedoras. Entre os brasileiros, há o caso exemplar de Pelé, que foi curtir o ocaso de sua carreira nos Estados Unidos, usando o soccer para acumular os dólares que não soube guardar quando estava no Brasil. O oposto viveu, por exemplo, Mané Garrincha, que, gordo, doente, se exibia nos gramados como uma atração circense.
Hoje, o tenista Guga Kuerten deve estar vivendo esse dilema. Jovem ainda, coleciona insucessos depois de operar o quadril para tentar curar as insistentes dores que atrapalhavam seu desempenho. Romário, outro nome mítico do esporte brasileiro, mais esperto, resolveu correr atrás da marca dos mil gols, mas faz isso percorrendo os atalhos que mais do que todos os de sua geração soube usar.
Neste domingo, 11 de março, o goleiro do Palmeiras, Marcos, sofreu uma fratura no antebraço e deverá parar de jogar por uns 60 dias. Ídolo da torcida palmeirense, Marcos já cogitava se aposentar depois de uma série de outras contusões, sofridas após a irrepreensível Copa do Mundo que disputou - e ajudou a ganhar - em 2002.
Seu colega de time, o atacante Edmundo, avisou que disputa sua última temporada este ano. Tudo indica que o Palmeiras terá de fazer uma festa de despedida dupla.
Nenhum comentário:
Postar um comentário