O presidente Lula deve anunciar nesses próximos dias seu novo ministério, ou parte dele. A maior expectativa é sobre a cota que caberá ao PT e ao PMDB, os dois maiores partidos da base aliada. O PT, depois da reunião que fez com o presidente na segunda-feira, parece ter desistido de impor nomes. O PMDB, ao que tudo indica, aumentará sua participação no governo.
A reforma do ministério é o primeiro lance do jogo de xadrez da sucessão para 2010. O PMDB, por meio de seu presidente reeleito, Michel Temer, garante que lançará nome próprio. Conclamou o PT a apoiá-lo. A reação de algumas lideranças foi imediata: nada disso, estamos no jogo, disseram. O ex-ministro José Dirceu, ainda muito influente no partido, dessa vez ficou do lado dos neo-aliados e indagou: que raio de coalizão é essa na qual o candidato à sucessão tem de ser do PT?
O que Dirceu expressou pode não representar a maioria do partido, mas ele tem razão. Numa coalizão em que as forças hegemônicas são PT e PMDB, não faz sentido um querer se impor ao outro. É preciso que se ouça os outros nove partidos que integram a aliança e o próprio presidente Lula. O melhor nome situacionista para concorrer possivelmente com o tucano José Serra pode não vir nem de um nem de outro e sim do PSB. Ciro Gomes, por exemplo. Seria uma disputa interessante de dois políticos que se odeiam.
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