quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A imprensa brasileira consegue superar Kafka

A perseguição sem trégua que a imprensa brasileira move contra o PT, suas lideranças e, principalmente, o ex-presidente Lula, além de ferir princípios éticos e morais e atentar contra a lei (difamação, calúnia e injúria são crimes tipificados no Código Penal), tem um componente extra que se destaca: é, sob qualquer princípio lógico, absurda.

A expressão "kafkiana" é usada costumeiramente para indicar situações sem pé nem cabeça. Deriva do escritor tcheco Franz Kafka, autor de uma obra originalíssima por destacar elementos fantásticos e irreais na vida de cidadãos comuns, como, por exemplo, o conto "A metamorfose", no qual o protagonista acorda como um inseto repugnante, ou o romance "O Processo", que trata de alguém que é processado por uma autoridade inacessível por algo que não sabe o que é.

No caso de Lula a imprensa age exatamente como numa obra de kafka.


Ao ex-presidente são imputados crimes que para outras pessoas sem a sua projeção se afiguram como coisas perfeitamente normais no dia a dia da vida social.

Visitar um imóvel que está à venda é um desses casos.

Comprar um barco para pescar no lago do sítio de um amigo é outro.

Frequentar costumeiramente esse sítio, também.

E por aí vai.

A situação é ainda mais absurda quando aquele a quem se imputam tais "crimes" revela, publicamente, provas de que não tem nada a ver com esses episódios, como fez Lula a respeito do "escandaloso" triplex que, segundo a imprensa, é dele, e, de acordo com o Ministério Público, foi usado para lavar dinheiro.

De nada adiantou o ex-presidente, numa atitude inédita, expor, na internet, sua declaração de Imposto de Renda, para que todos pudessem se informar sobre os seus bens - e entre eles não há nenhum triplex no Guarujá.

Tampouco serviu para convencer essa imprensa doentia a cronologia da compra que não houve do tal imóvel. 

Os jornalões simplesmente ignoraram - e continuam ignorando - qualquer prova apresentada pelo ex-presidente.

É óbvio que já deixaram de fazer jornalismo há muito tempo, para se dedicar à tarefa de vestir a propaganda ideológica como notícia.

O problema, para eles, é que passaram da conta com esse oceano de invencionices, factoides, mentiras e absurdos com que alimentam, diariamente, o ódio anti-Pt e anti-Lula no público.

Nem Kafka, mestre da suprarrealidade, iria aguentar tantos disparates.

Até a ficção tem seus limites.

Um comentário:

  1. Depois das manchetes da compra de iate, não resta ao Lula senão aquele palavrão Kafkiano: " vão pra merda de barquinho."

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