As empresas de TV por assinatura que operam no Brasil perderam cerca de 2 milhões de assinantes em dois anos.
Não, a culpa não é da crise.
A culpa é do avanço dos serviços de streaming, principalmente o do Netflix, que oferecem incontáveis vantagens - quantidade, qualidade, preço, comodidade etc etc - sobre a porcaria que é a TV paga oferecida aos brasileiros.
Quanto à TV aberta, nem é preciso dizer que ela sobrevive por inércia, mas, da mesma forma que a paga, seus dias estão contados.
Pelo menos os dias de glória.
Isso porque é pouco provável que as pessoas não descubram que assinar uma Netflix - só para dar um exemplo - é como sair de uma carroça e entrar num Rolls Royce.
Não há comparação possível entre qualquer TV por assinatura do Brasil com a Netflix.
Para começar, o preço da mensalidade - arredondando, R$ 20 reais.
Depois, o acervo de filmes e séries dos principais estúdios do mundo - para todo tipo de público.
E, por fim, a comodidade de poder assistir àquilo que você quer, na hora que você quer.
As empresas donas das TVs pagas já sabem que, se não fizerem nada, em pouco tempo estarão à míngua.
Portanto, vão à luta.
Mas que o distinto público não espere que elas diminuam os preços abusivos de seus pacotes, invistam em tecnologia ou melhorem a qualidade do que oferecem.
O caminho que escolheram para tentar derrotar a Netflix é outro, bem mais a gosto dos nossos capitalistas: vão à Brasília, mexer uns pauzinhos para que as autoridades criem dificuldades para os seus colegas empreendedores estrangeiros.
Nenhuma novidade.
O empresário brasileiro sempre foi e sempre será assim: capitalismo para ele é um excelente negócio quando não lhe traz nenhum risco.
No primeiro sinal de competição, ele corre pedir ajuda para o governo, mesmo que esse governo seja aquele que ele combate ferozmente 24 horas por dia.
Contradições, contradições.
Só queria saber como você conseguiu a foto do meu sogro pra colocar no post. Ele vai pensar que fui eu que mandei, pra sacaneá-lo.
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