Impeachment já era. Destino de Dilma está com o TSE

A Folha bem que tentou, com a edição do título da matéria sobre a pesquisa Datafolha com deputados federais ("Na Câmara, 42% apoiam e 31% rejeitam o impeachment"), dar um fôlego a esse ridículo processo para tirar Dilma Rousseff da Presidência da República.

Mas qualquer observador da cena política nacional um pouco atento já percebeu que o golpe via Parlamento tem 99,9% de chances de gorar.

Quem não se contenta com o título capcioso e lê a matéria fica sabendo que faltam apenas 12 votos, entre os 27% de indecisos, para que o impeachment seja barrado - os defensores do impedimento da presidenta precisam convencer mais de 90% daqueles que ainda não sabem o que querem.

Os golpistas, então, terão de tomar outro caminho.


E o que parece mais factível para as suas pretensões é o que leva à Justiça Eleitoral, que está para julgar uma ação impetrada pelos tucanos contra a chapa PT-PSDB.

É bom lembrar que as contas da campanha de 2014 já foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral - o mesmo ministro Gilmar Mendes, que acolheu a ação tucana votou pela aprovação, com ressalvas.

Como a Justiça (sic) brasileira é o que é, pode sair qualquer resultado do TSE.

O mais relevante de tudo, porém, é que os golpistas estão conseguindo seu objetivo principal, que é paralisar este segundo governo Dilma, com as consequências inevitáveis de arrasar a economia do país, piorar as condições do povo, comprometer os avanços sociais dos últimos anos, e deixar o Brasil mais vulnerável à investida do capital estrangeiro.

Para eles, seria ótimo que Dilma fosse defenestrada do Palácio do Planalto o mais breve possível, mas se isso não ocorrer e ela mantiver, como apontam as pesquisas, a popularidade lá embaixo, como neste primeiro ano de governo, está tudo conforme o planejado.

Sabe como é: água mole em pedra dura...