A maneira como o governador Geraldo Alckmin trata os problemas, normais numa democracia, que surgem no dia a dia de sua gestão, merece um estudo sociológico aprofundado.
Alckmin não dialoga com a sociedade, embora exerça, em pleno século 21, o mais alto cargo público do Estado mais poderoso de uma jovem democracia, que exige, para se firmar, uma constante troca de experiências entre seus atores;
Alckmin impõe a sua vontade, como fizeram, fazem e sempre farão os ditadores;
Alckmin esconde, distorce e manipula à vontade dados sobre o seu governo que deveriam, por obrigação de ofício, ser transparentes;
Alckmin possui apenas um interlocutor com a sociedade civil, com os movimentos sociais e com todos os que reivindicam alguma coisa do poder público - a Polícia Militar, essa violenta e agressiva instituição, que age como se não existissem limites legais;
Alckmin desaparece em toda e qualquer crise que possa prejudicar a sua imagem;
E, o mais incrível, há muita gente que vê nele a representação do político sério e do verdadeiro democrata.
Tudo isso, somado ao fato de que todos os índices econômicos e sociais do Estado de São Paulo se deterioraram espetacularmente nos longos anos de seu governo, faz dele um fenômeno.
Alckmin é um raríssimo exemplo de político que faz carreira apoiado em sua mediocridade.
Talvez seja esse o seu grande trunfo.
Possivelmente, o eleitor paulista padrão se identifique com alguém tão desprovido de qualidades e tão cheio de defeitos.
É um caso a se estudar.
Esse não é o Alckmin que conheci.Sofreu metamorfose. O poder transforma o medico no mostro.
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