Quem tem saudade dos tempos épicos em que o imortal FHC governava, com toda a sua sabedoria, as terras brasileiras deve estar agora em pleno gozo orgasmático.
Afinal, não é todo dia que notícias tão boas quanto um movimento de caminhoneiros preparado para levar pânico à população, ou os projetos de lei do governador Alckmin para aumentar impostos dos paulistas, ou o rompimento de barragens da mineradora Samarco em Mariana, ou o fechamento de escolas e a manipulação de estatísticas sobre a violência em São Paulo - ganha um doce quem identificar o autor das medidas - são destaque.
Todas elas podem ser creditadas a esses notáveis homens públicos determinados a fazer do Brasil o eterno país do futuro - aquele que nunca passará de uma colônia, de um apêndice do grande irmão do norte, esse sim o escolhido pelos deuses para cuidar, com todo o carinho, deste planeta Terra.
Influenciados por uma mídia absolutamente corrupta, que trocou a informação pela mais descarada propaganda ideológica, muitos deles devem achar que o Brasil é a representação real do inferno.
Uma consulta às mais variadas fontes históricas, disponíveis às centenas na internet, poderia, porém, dar a eles uma outra visão sobre o país em que vivem - o que ele foi no passado, o que é hoje e o que pode vir a ser num futuro não muito distante.
E, dessa forma, proporcionar a eles condições de serem protagonistas na construção de uma grande nação - em todos os sentidos.
Para que isso ocorra, porém, é preciso que esses jovens tenham, ao menos, a vontade de ir além do que o dia a dia lhes oferece e ultrapassar as fórmulas acabadas que lhes são dadas pelos seus tutores - professores desmotivados, religiosos inescrupulosos, "comunicadores" e jornalistas vendidos, pais ausentes....
É, sair desse estado de letargia não é uma tarefa fácil.
Exigiria investimentos notáveis em educação, principalmente, mas não só.
Exigiria, e esse é o maior problema, uma mudança na mentalidade da chamada "elite" (argh!), justamente essa que cultua o Brasil do atraso, do apagão energético e dos empréstimos do FMI, da privataria e da ojeriza às obras feitas de aço, concreto e asfalto.
Esse é o maior problema: o fantasma de FHC - e tudo o que ele representa -ainda vaga por aqui, assombrando o progresso e espantando o futuro.
Essa assombração não passará. Já estamos nos protegendo com alho, cebola, crucifixo e muita reza. Xô, ectoplasma inconformado. Deus é maior!
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