domingo, 2 de agosto de 2015

A força da democracia

Os danos causados pelo atentado à sede do Instituto Lula não pode, como querem alguns porta-vozes da extrema direita, serem reduzidos a um "buraquinho" na porta de aço do edifício. 

Nem, tampouco, deveria ser escondido do noticiário, como fazem os jornalões.

Ou, como sugere o palavrório das autoridades, ficar esquecido em montes de inquéritos empoeirados de uma repartição policial qualquer.

Fingir que tudo não passou de uma ação de tresloucados, ou da molecagem de vadios, ou mesmo de ação de inconformados, é o caminho mais fácil para levar o país a um cenário que não interessa a ninguém, nem aos inimigos dos trabalhistas, nem ao governo central e aos partidos que dele fazem parte, e nem, principalmente, ao todo da sociedade.


O atentado contra o Instituto Lula foi, numa definição até simplória, um ataque à jovem democracia brasileira, essa que, tropegamente, ensaia sua passagem para a maturidade.

O "buraquinho" feito pelo artefato explosivo é, nada mais, nada menos, que mais uma fenda aberta no casco do transatlântico Brasil, que neste momento enfrenta mares tempestuosos e navega com dificuldades em meio a ondas gigantescas, violentas e traiçoeiras.

Nada vale mais, neste momento, para a sociedade brasileira, que a manutenção da democracia.

E que ninguém pense que ela pode perdurar se, a cada ato a feri-la, não houver uma reação rápida e devastadora.

O sistema democrático não se confunde, como pensam alguns, com a tibieza. 

Baseada na vontade da maioria e ancorada pela negociação entre seus atores, a democracia é, por essência, forte. 

Quem a defende deve ter isso em mente.

Sempre.

Um comentário:

  1. A cara de pau da bandidagem é sui genereris. Só no Brasil. Vamos ver se a Policia faz a parte dela, ou teremos que nos defender dos dois. Dos bandidos e da Policia.

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