quinta-feira, 16 de abril de 2015

Justiça brasileira, o paraíso dos alcaguetas

Todo cidadão brasileiro deveria se preocupar com esse negócio de prenderem pessoas com base no que falam dedos-duros. 

A delação premiada tem de ser vista com muito cuidado.

É claro que o sujeito topa entrar nela para conseguir o máximo de vantagens da Justiça, como diminuir a pena pelo seu crime.

E também está evidente que a tropa dessa operação Lava-Jato está usando a prisão dos acusados pelos dedos-duros para forçá-los a alcaguetar outros.


Funciona como uma corrente - eu prendo você; você, para se livrar da prisão, deda outros, e assim o mecanismo da "Justiça" vai rodando.

Com essa tática, a polícia afrouxa as investigações, os inquéritos são feitos na base de delações que, muitas vezes, carecem de provas, o tal juiz Moro abusa de seu poder para trancafiar as pessoas, a fim de exigir que elas confessem alguma coisa - ou dedem outras.

Acho que muita gente está aplaudindo essa operação só porque ela está criminalizando o PT e vários de seus membros, mas, no fundo, sabe que a Justiça não pode ser feita dessa maneira.

Pelo menos nos países civilizados.

Prender, arruinar reputações, assassinar a moral de meros suspeitos, com base no que falam réus confessos, bandidos juramentados, informantes que deveriam merecer o repúdio de toda a sociedade, é uma prática que condiz mais com a barbárie, com ditaduras que tanto mal fizeram à humanidade.

Tudo indica que o objetivo dessa Lava-Jato não é punir corruptos, corruptores e coisa e tal. 

Trata-se simplesmente de criar um atalho para banir o PT da vida política nacional e, se der, defenestrar os trabalhistas do Planalto. 

O ínclito Ronaldo Caiado acabou de chutar a bola que Moro e sua turma jogam a cada dia na grande área. 

De tanto insistir, uma hora ela acaba entrando no gol.

Um comentário:

  1. Acho que o Brasil ainda é o paraiso dos ladrões. Quando não estão roubando, estão caguetando. E como tem espaço pra alcaguete! Caramba!

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