terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Sempre haverá uma nova estação para o Trem da Alegria

Uma historieta do livro Tra-la-lá - Vida e Obra de Lamartine Babo, de Suetônio Soares Valença: 

atendendo a apelos de uma influente jornalista, que detestava o programa Trem da Alegria, apresentado por Héber de Bôscoli, Yara Salles e o genial Lamartine Babo, o governo Vargas acabou proibindo a transmissão de espetáculos radiofônicos do mesmo gênero de estúdios das emissoras. A jornalista achava que dessa forma, o Trem da Alegria iria descarrilar, pois a sua plateia era coprotagonista do show. Pois bem, passado pouco tempo, para surpresa de todos, e principalmente da jornalista e do pessoal do DIP, o temido Departamento de Imprensa e Propaganda getulista, o Trem da Alegria continuava a sua viagem, transmitido não do auditório da emissora, mas de um teatro. 

Brasileiro é assim, mestre em jeitinhos.


Muitos acham que a República do Paraná, do implacável juiz Moro, auxiliado por sua trupe de mosqueteiros, vai dar o golpe de misericórdia nessa instituição nacional, apoiada por 99% dos brasileiros, chamada Corrupção.

E muitos acham que as empreiteiras, alegres participantes desse esporte, abandonarão as quadras, derrotadas e humilhadas, sem ação diante de tão poderoso, justo e impiedoso oponente.

E que o partido político da presidenta Dilma e do ex-presidente Lula será varrido do campo, sob apupos gerais.

Mas esperem para ver as voltas que o mundo dá.

O Trem da Alegria é só um exemplo de como são inúmeras as possibilidades de se achar uma nova estação para que a longa viagem da jovem democracia brasileira parta de lugar seguro e não seja interrompida por sabotadores.

Um comentário:

  1. A propósito, depois de ler este artigo, curti a gravação de "nova estação" na voz da Elis. Tanto a musica quanto o texto são excelentes. Parabens.

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