O corte, seletivo, de energia elétrica na segunda-feira à tarde, determinado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, provocou frisson em toda a imprensa - se é que podemos chamar assim esse conglomerado de mídia que se propôs a varrer do país qualquer resquício de modernidade.
A torcida para que o Brasil mergulhe nas trevas, por parte desse pessoal, é imensa e nem mais disfarçada.
Um blecaute de cerca de 40 minutos em algumas regiões virou "apagão", esse termo maldito que se vulgarizou no governo do maior ídolo das elites, o indefectível "Príncipe dos Sociólogos".
Às pressas, foram convocados os palpiteiros de sempre, os especialistas em tudo e em coisa nenhuma, os salva-pautas sempre de plantão para descascar o governo trabalhista.
Faz calor?
Dilma deveria ter previsto.
Chove?
Faltou planejamento.
As edições de hoje dos jornalões - e provavelmente de toda esta semana - são uma festa só.
O Brasil, mais uma vez, para delírio geral, vai acabar.
Some-se ao terrível apagão o "saco de maldades" do novo ministro da Fazenda.
E o "manchetômetro", essa invenção acadêmica para medir de que lado está a imprensa, vai registrando a maior goleada que um presidente da República já levou na história.
Um verdadeiro vexame para o time de Dilma.
Enquanto tudo isso ocorre, a Eletropaulo, talvez a pior empresa do universo, continua com seus "apaguinhos" diários, infernizando a vida do paulistano.
E não merece uma linha nos jornalões.
E a Sabesp, então?
E o governo Alckmin?
O fato é que a imprensa brasileira revolucionou o conceito de jornalismo, ao retratar não este mundo em que vivemos, mas outro, talvez de uma dimensão desconhecida.
Parece loucura - e é mesmo loucura.
É verdade já estão em outra dimensão. Dizem que para alcançar esse estagio, o segredo é passar pimenta no rabo e cantar musicas do Lobão.
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