quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Nossa vida no universo paralelo

O corte, seletivo, de energia elétrica na segunda-feira à tarde, determinado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, provocou frisson em toda a imprensa - se é que podemos chamar assim esse conglomerado de mídia que se propôs a varrer do país qualquer resquício de modernidade.

A torcida para que o Brasil mergulhe nas trevas, por parte desse pessoal, é imensa e nem mais disfarçada.

Um blecaute de cerca de 40 minutos em algumas regiões virou "apagão", esse termo maldito que se vulgarizou no governo do maior ídolo das elites, o indefectível "Príncipe dos Sociólogos".


Às pressas, foram convocados os palpiteiros de sempre, os especialistas em tudo e em coisa nenhuma, os salva-pautas sempre de plantão para descascar o governo trabalhista.

Faz calor?

Dilma deveria ter previsto.

Chove?

Faltou planejamento.

As edições de hoje dos jornalões - e provavelmente de toda esta semana - são uma festa só.

O Brasil, mais uma vez, para delírio geral, vai acabar.

Some-se ao terrível apagão o "saco de maldades" do novo ministro da Fazenda.

E o "manchetômetro", essa invenção acadêmica para medir de que lado está a imprensa, vai registrando a maior goleada que um presidente da República já levou na história.

Um verdadeiro vexame para o time de Dilma.

Enquanto tudo isso ocorre, a Eletropaulo, talvez a pior empresa do universo, continua com seus "apaguinhos" diários, infernizando a vida do paulistano.

E não merece uma linha nos jornalões.

E a Sabesp, então?

E o governo Alckmin?

O fato é que a imprensa brasileira revolucionou o conceito de jornalismo, ao retratar não este mundo em que vivemos, mas outro, talvez de uma dimensão desconhecida.

Parece loucura - e é mesmo loucura.

Um comentário:

  1. É verdade já estão em outra dimensão. Dizem que para alcançar esse estagio, o segredo é passar pimenta no rabo e cantar musicas do Lobão.

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