Releio o livro "O Governo João Goulart - As Lutas Sociais no Brasil - 1961-1964", de Moniz Bandeira.
O livro foi editado em 1978.
Parece que foi escrito neste ano e os acontecimentos que relata são os deste Brasil pós-eleição presidencial.
A história se repete.
E não como farsa, desta vez.
Estão presentes, tanto em 1961-1964, quanto agora, dois partidos trabalhistas, o PTB e o PT, presidentes preocupados em diminuir a miséria do país, forças conservadoras golpistas dispostas a tudo para impedir a mínima concessão aos estratos sociais mais pobres...
Alguns analistas dizem que a oposição brasileira segue os passos da venezuelana.
Um olhar até mesmo superficial na nossa história vai mostrar, porém, que nada mudou nos métodos dos nossos oligarcas.
Talvez os venezuelanos sigam a mesma cartilha que a dos reacionários brasileiros.
É ainda possível que o roteiro para a desestabilização de governos democráticos tenha autores menos evidentes, mais dissimulados - e que contam com mecenas mais poderosos.
Seja lá como for, Aécio e sua turma não conseguem ser originais nem no desenho do golpe que planejam contra a reeleita presidenta Dilma Rousseff.
Dar declarações estapafúrdias com o único intuito de acirrar ânimos, como essa última chamando o PT de "organização criminosa", é apenas um plágio escandaloso do velho e conhecido "mar de lama" lacerdiano.
A cada gesto que faz, a cada atitude que toma, a cada entrevista que dá, Aécio se torna um pastiche de si mesmo e de tantos outros políticos que a história varreu para a lata de lixo.
Verdade caro Motta. Só que o plagio e uma caricatura. E pega mal pro imitador. Feio mesmo.
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