sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O rei Aécio está nu

Eleições em geral costumam apresentar candidatos de todos os tipos, de aventureiros a intelectuais. A presidencial, pela sua importância, é a que mais visibilidade traz a essas pessoas. Ilustres desconhecidos, como o barbudo Enéas, por exemplo, se tornaram figuras nacionais graças a um único bordão, repetido milhares de vezes na propaganda eleitoral.
No 1º turno da eleição deste ano os brasileiros puderam conhecer Luciana Genro, Eduardo Jorge, Levy Fidelix e o pastor Everaldo. Cada um pôde, nos debates televisivos e na propaganda gratuita, dizer quem era. 
Houve, porém, um candidato que praticamente ficou desconhecido da maioria do público, já que, por causa da morte de Eduardo Campos, a campanha ficou polarizada entre a presidenta Dilma e Marina Silva.
Dessa forma, Aécio Neves se beneficiou do mesmo tipo de (anti)marketing que catapultou a carreira política do inexpressivo Geraldo Alckmin: ficar, sempre que possível, fora dos holofotes, fora das polêmicas, agir nas sombras, falar o menos possível.

Aécio só era bem conhecido dos mineiros.
Os outros eleitores quase nada sabiam de seu currículo.
O PT tratou de mostrar aos eleitores quem era Marina. Concentrou sua artilharia da candidata que, segundo todas as pesquisas, estava bem à frente de Aécio.
Quando sua imagem de "novidade" foi ao chão, os antipetistas se voltaram a Aécio, levando consigo muitos outros eleitores comovidos pelo "bom mocismo" do candidato.
Mas bastaram apenas dez dias de campanha para que a verdadeira face do senador mineiro fosse exposta ao eleitorado.
E ela não é bonita como a máscara que a encobre.
Um festival de horrores compõe a biografia do senador: corrupção, nepotismo, incompetência administrativa, falta de transparência, controle férreo da imprensa, problemas pessoais que vão desde a agressão a uma namorada à suspeita do consumo de drogas ilegais, passando pela recusa de se submeter a um teste no bafômetro.
A esta altura do campeonato, a bem construída imagem do político que pensa em levar o Brasil a um novo estágio de desenvolvimento, salvando a nação das garras dos petistas, virou, como diz a piada pronta, pó.
Aécio, como homem público, está à altura de um Fidelix. 
Corrijo: está ainda mais abaixo, pois o folclórico candidato do aerotrem ao menos expressa seus sentimentos publicamente, como fez no ataque homofóbico que teve no último debate do 1º turno.
Aécio, além de todas os seus defeitos que o público começa a conhecer, tem um que é impensável num homem público: é um mentiroso contumaz.

2 comentários:

  1. Ele é só a ponta do iceberg. Como sempre surfando no sobrenome. Debaixo d'agua, é o festival dos capetas pronto pra emergir. Fora Godzila.

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  2. Impressiona como ele diz "na tampa" que está mentindo quem tem provas documentais de que está dizendo a verdade!
    A própria Dilma já percebeu isso e passou a simplesmente indicar o site onde está a documentação. Que faz o cara? Manda tirar do ar!!!

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