Rentismo goleia o governo Dilma

Parece que toda a coragem que o governo Dilma teve em certo momento ao enfrentar o rentismo acabou. Miseravelmente, o Banco Central eleva a taxa Selic para os mesmos níveis que fizeram o Brasil se tornar campeão mundial dos juros altos, sob o pretexto de combater a inflação - sempre a mesma desculpa.
O homem já foi à Lua, conseguiu, em um século, aumentar a expectativa de vida em mais de 30 anos, fez descobertas fantásticas em todas as áreas científicas, produz bens e distribui riquezas como nunca, mas, incrível, não é capaz de achar uma solução para controlar a inflação que não seja aumentar os juros!

Não é possível que o país tenha de conviver anos e anos, e parece, para todo o sempre, com essas taxas escorchantes, que servem apenas para engordar a conta bancária dos especuladores e tirar verbas de setores essenciais ao bem-estar da população, como saúde, educação, moradia, transportes etc etc.
Porque é isso o que ocorre quando o tal Copom resolve subir a Selic.
Claro que há quem discorde desse barbaridade, mas essas vozes contrárias ao crime que se comete contra o país a cada puxada dos juros são abafadas pelo coro dos rentistas, amplificado por "analistas" pagos por eles, por uma "imprensa" partidária e dependente do dinheiros dos bancos.
No Brasil parece que quem é contra os juros altos é, no mínimo, um imbecil que não entende nada das "leis" econômicas - leis tão questionáveis quanto o conceito de ciência que alguns pretendem dar à economia.
Basta ir à padaria da esquina para entender que boa parte da culpa pela alta dos preços é a ganância, pura e simples, dos empresários.
O quilo da refeição, por exemplo, sobe 10%, 20%, até 30% numa só tacada, como se todos os itens que a compõem, desde seus ingredientes até a folha salarial, antecedessem essa alta. Claro que isso não acontece. Pode até ser que um ou outro ingrediente da comida que o restaurante prepara tenha subido, mas isso, é óbvio, não justifica todo esse aumento.
O que está ocorrendo com os hotéis, nesses meses que antecedem a Copa do Mundo, é outro bom exemplo da usura dos empresários: os preços subiram até 500%!
Mas é bom frisar que nessa história de inflação todos têm culpa, inclusive o consumidor, que não liga em ser explorado - e, em muitos casos, acha isso o máximo.
Seja como for, a cada alta da Selic determinada pelo Copom fica evidente uma coisa: seus integrantes ou estão no bolso dos banqueiros ou são burros mesmo.