Dane-se o PIB!

Os portais dos jornalões se refestelam neste momento, abrindo enormes títulos sobre o PIB do terceiro trimestre do ano.
Nenhuma novidade: a imprensa brasileira, com raras exceções, torce contra o país, há muito abandonou o trabalho jornalístico para se dedicar à pouca honrosa tarefa de fustigar o governo trabalhista, suprindo, com isso, a incompetência dos partidos oposicionistas.
Mas tenho cá minhas dúvidas sobre a eficácia desse pretenso noticiário, que busca amplificar os fatos negativos e esconder os positivos.

Jornais impressos hoje são irrelevantes, estão à beira da extinção, devem virar peças de museu em poucos anos.
Servem apenas para pautar o "noticiário" de redes de televisão que também se engajaram na cruzada antipetista.
Ou para alimentar blogueiros que fazem do ódio o combustível de suas "análises".
Ou para acirrar o ânimo de paranoicos, desequilibrados, psicopatas, fascistas de toda a espécie, profissionais ou amadores, que vivem nos esgotos das redes sociais.
A maior parte da população não está nem aí para notícias como essa sobre o PIB ou sobre a queda de investimentos ou sobre o superávit primário e temas assemelhados.
Nem sabem o que representam esses termos, o que são essas coisas.
As pessoas comuns não têm ideologia política. 
Agem por instinto, buscam o melhor para si, seus familiares e amigos.
Não se importam com teorias sociais, políticas ou econômicas.
Contentam-se em ter emprego, dinheiro para comer, beber, se alimentar, para morar, para o ônibus ou o metrô, para o lazer.
São consumistas, vivem numa sociedade que privilegia as relações de consumo, a compra e a venda de mercadorias e serviços, são entupidas por uma propaganda que lhes diz que consumir cura todos os males da vida.
Dessa forma, enquanto a economia estiver suprindo as suas necessidades, dane-se o PIB, dane-se o superávit primário, dane-se o desequilíbrio das contas públicas, dane-se a dívida interna, dane-se o resultado negativo da balança comercial.
E viva o consumo!