terça-feira, 20 de agosto de 2013

Dólar, mais uma aposta errada da turma do contra


O script não muda.
Qualquer turbulência, qualquer ventinho mais forte, qualquer solavanco mais incômodo, tudo é motivo para que a imprensa nacional, o mais poderoso partido político do país, crie um cenário, por meio de manchetes negativas diárias e análises dos seus bem treinados "especialistas", no qual o Brasil surge como imerso no caos econômico, prestes a se liquefazer.
Não deu certo com a energia, nem com a inflação do tomate, nem com as manifestações "espontâneas" de rua, nem com o tal mensalão, vamos tentar outra coisa, então.
Desta vez, o personagem principal é o "câmbio", não essa importante peça que comanda a rotação dos motores dos veículos e torna o dirigir mais fácil, mas, segundo o jargão dos jornalistas econômicos, a troca de moedas - no caso específico, o real e o dólar americano.

Antes de mais nada é bom esclarecer o ponto principal dessa história de câmbio na parte que realmente interessa, que é o dia a dia da nação: dólar mais caro em relação ao real beneficia empresas exportadoras, já que os contratos são fechados na moeda americana; dólar mais barato é bom para os importadores e para quem comprou alguma coisa no exterior cotada nessa moeda.
Assim, nem sempre o dólar mais caro é prejudicial ao país.
E tanto o dólar caro quanto o mais barato podem ser interessantes para os especuladores, que fazem apostas nas duas pontas, na alta e na baixa da moeda.
O tal "mercado financeiro" não passa disso: um imenso cassino global, cujas mesas de jogos atraem mais ou menos jogadores de acordo com a atuação de cada um dos crupiês.
No momento, o dólar tem subido no Brasil.
Isso não quer dizer, porém, que a situação vai se perpetuar, ou que a cotação da moeda vai se estabilizar no nível em que se encontra atualmente.
Não há, portanto, nenhum motivo real para que os jornalões insistam com tanta ênfase no tema - a não ser a vontade de prejudicar a imagem  do governo trabalhista, o que vem sendo feito sem trégua desde que ele se instalou no Palácio do Planalto, em 2003. 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, a maior autoridade econômica do país, atribuiu a alta ao estresse do mercado. “Nós tivemos uma situação de estresse no mercado de câmbio, originada, principalmente nos Estados Unidos. Aumentou um pouco a especulação e a migração de títulos de longo prazo para títulos de curto.”
Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências devido à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.
Mantega afirmou, no entanto, que apesar do momento turbulento, a situação no Brasil está controlada.
“Embora estressado, a situação do mercado está sob controle. Os demais mercados no Brasil estão tranquilos, entrando recursos na conta de investimento externo direto, nas aplicações na Bolsa de Valores, nas aplicações financeiras", disse Mantega.
Ele alertou os investidores para que não apostem em uma desvalorização muito grande do real, sob o risco de sofrerem perdas. “O câmbio no Brasil é flutuante. Ele flutua para os dois lados, tanto para o lado da desvalorização, como poderá flutuar para a valorização. Não esqueçam que isso já aconteceu recentemente. O câmbio primeiro desvalorizou, depois valorizou. Então, é preciso tomar cuidado para não se entusiasmar e achar que esse câmbio vai muito longe."
E, apesar de garantir que a situação está sob controle, Mantega disse que o governo está pronto para agir caso a alta da moeda americana comece a pressionar a inflação: “Nós temos alguns antídotos, que são a redução das tarifas de alguns insumos, aquelas tarifas que subiram na lista de setembro do ano passado.”
“Não há nenhum temor de que possa haver um problema maior. A situação está sob controle. Nós temos US$ 370 milhões de reservas para sustentar algum problema maior.” (Com informações da Agência Brasil)

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