domingo, 7 de julho de 2013

Barbosão sem máscara é igual aos outros


As últimas do Barbosão são de lascar.
Cada um cuida da sua vida, faz o que bem entende, é o que dizem, mas há pessoas que têm de tratar melhor de seus narizes e não fazer tudo o que desejam, como é o caso do presidente do STF.
Ele não se toca que é o representante máximo do Poder Judiciário?
Será que não pode, nos seus raros momentos de folga e lazer, se dedicar a afazeres menos festivos do que assistir a jogos da seleção viajando com recursos do tribunal, ou então menos interesseiros do que arranjar um emprego para o filho, na Rede Globo?

O ex-presidente Lula proporcionou a Barbosão uma daquelas oportunidades que são únicas na vida de uma pessoa, ao indicá-lo a uma vaga de ministro do Supremo.
Barbosão poderia passar para a história: o primeiro presidente negro da mais alta corte do Judiciário brasileiro.
Bastava apenas se ater à discrição que um cargo importante desses exige.
Não se expor em bate-bocas com seus colegas.
Não ser rude, mal-educado, desrespeitoso com eles.
Não xingar jornalistas.
Não frequentar praias badaladas e aceitar ser fotografado ao lado de sua nova namorada.
Nossa, como tem coisas que ele não deveria ter feito...
Em público, Barbosão diz que não pretende, como desejam alguns, ser o candidato da oposição à Presidência no ano que vem.
Em privado, talvez nem seus amigos mais íntimos saibam realmente o que vai na sua cabeça.
Há quem diga que essa exposição pública além da conta faz parte justamente de uma estratégia para torná-lo mais conhecido, mais povão, para consolidar a imagem que tentam criar dele, a do menino pobre - e negro - que virou o sujeito mais importante do país.
O problema é que, ao fazer exatamente as mesmas coisas condenáveis que as outras autoridades - de qualquer um dos Poderes - faz, Barbosão se nivela a elas.
Fica do mesmo tamanho dessa legião de malandros que existe por aí.
Justamente ele, o escolhido para ser, se não a própria reserva moral do Brasil, ao menos o seu guardião.
Triste, muito triste.

6 comentários:

  1. é como diz o ditado popular, nos dos outros é refresco.

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  2. Ele viajou com recursos públicos para assistir jogos? Pau nele! Ou vão aliviar, só por se tratar dele? O modelo tem que ser 'impoluto'. O chefe do Judiciário burlando a lei?

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  3. Será que ele tinha o "DOMÍNIO DO FATO"?

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  4. A pior coisa que este sujeito fez foi justamente o mau uso da teoria do domínio do fato, criticada pelo autor do mesmo, diga-se de passagem. Um magistrado acusar sem provas é tão depreciativo para a profissão, como um médico tratar uma doença na inexistência de sintomas, exames comprobatórios da mesma.

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    1. Boa analogia, Hector! Soube hoje que ele recebeu uma verba da qual falava mal, no passado. Um desses muitos auxílios retroativos (pra magistrado pode) que, quando se calcula, dão 500 ou 600 mil reais pra cada um. Pra isso tem grana ... e nossa mídia seletiva não fala nada.

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  5. Se eu dissesse tudo o que acho do Barbosão, ele me dava prisão perpétua!

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