quinta-feira, 30 de maio de 2013

As mentiras dos donos da comunicação


Não tem mesmo jeito. O patronato do oligopólio das comunicações no Brasil  não se envergonha de mentir, seja onde for, de forma descarada, para manter seus imensos privilégios.
A última desse pessoal aconteceu durante debate sobre liberdade de imprensa na audiência pública promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, na terça-feira (28).

De um lado, representantes dos donos de empresas de comunicação acusaram a proposta de um novo marco regulatório para o setor como uma tentativa de censura estatal aos veículos. Uma mentira sem tamanho, dita com o claro propósito de confundir a opinião pública.
Em vez da regulamentação, o diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais, a famigerada ANJ, Ricardo Pedreira, defende a autorregulação da mídia. O que ele falou na audiência dá uma ideia do nível de debate que a entidade pretende levar: "Não há quem possa definir o que é melhor para uma pessoa ler e assistir. Então, em relação aos veículos de comunicação, cabe a eles definirem junto aos seus leitores e junto a suas audiências qual é a melhor forma de se relacionar com eles no sentido de corrigir erros e de prestar esclarecimentos. E, junto com isso, a livre concorrência é o que vai elevar o nível de cada um dos veículos."
Representantes dos jornalistas e de movimentos sociais, presentes na audiência, rebateram as lorotas do representante da oligarquia e afirmaram que é preciso unificar e atualizar as atuais regras para o funcionamento do setor de comunicações. O Código Brasileiro de Telecomunicações, por exemplo, entrou em vigor no distante ano de 1962.
O diretor da Federação Nacional dos Jornalistas, José Carlos Torves, explicou que o principal objetivo do novo marco regulatório é combater a formação de monopólios e oligopólios. "Nunca se falou em regular conteúdos. O que nós precisamos regular é o negócio das comunicações, é a diversidade das comunicações, que hoje está concentrada em poucos grupos econômicos. É isso o que nós estamos querendo: uma democratização do setor de comunicações, com diversidade, com produção regional. Coisa que não acontece."
Já o autor do requerimento para a realização da audiência pública, deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), chamou a atenção para outras ameaças à liberdade de imprensa. "A agressão a jornalistas, a queda do Brasil nos indicadores de liberdade de atuação dos profissionais da área de imprensa e o cerceamento da divulgação de fatos por força de decisão judicial alegando sigilo."
De acordo com o último relatório anual do Comitê para a Proteção de Jornalistas, o Brasil é o décimo País onde mais ocorrem mortes de jornalistas, e os responsáveis não são punidos. O comitê levou em conta os assassinatos entre 2003 e 2012. Até o mês passado, quatro jornalistas morreram no país.

Um comentário:

  1. 1) Não existe EX-ESTUPRADOR. Uma vez estuprador sempre estuprador.
    2) Não existe EX-MENTIROSO. Uma vez mentiroso sempre mentiroso.
    3) Não existe EX-MIDIA CANALHA. Uma vez MIDIA CANALHA sempre será CANALHA.
    Nos tres exemplos acima, o que mais eles querem é que SEUS CRIMES/DELITOS NÃO SEJAM APONTADOS por absolutamente ninguem.
    TUDO QUE ELES QUEREM É SE "AUTORREGULAR"! (H.Pires)

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