Paulinho da Força: na pasta, provavelmente, os planos para que os preços saiam do controle (Foto: Antonio Cruz/ABr) |
Todos conhecem o Paulinho da Força. Se não, deveriam.
Trata-se de um dos maiores oportunistas que já surgiram no movimento sindical e na política.
Muda de posições como quem escolhe a roupa para ir trabalhar - se está frio, uma mais quente; se está calor, uma com tecido mais leve.
Seu partido - se é que se pode chamar o atual PDT de partido - herdou, por essas circunstâncias impostas pelo "governo de coalizão", o Ministério do Trabalho.
Paulinho da Força, talvez por não ter sido escolhido para o cargo, faz de conta que ele e a poderosa estrutura sindical que comanda - em grande parte montada com dinheiro repassado pelo governo federal - estão completamente alheios a tudo o que se passa no Planalto, a todas as medidas, já feitas ou em gestação, para beneficiar o trabalhador.
Se o juro cai, ele solta nota à imprensa dizendo que a queda foi ridícula, insuficiente.
Se o juro sobe, ele reclama que assim não dá, que a produção vai parar e a indústria nacional vai quebrar.
Paulinho da Força, definitivamente, é da turma do contra, uma incoerência extraordinária, já que ele se diz defensor dos trabalhadores. e se há alguém que a turma do contra detesta é justamente o trabalhador.
No fundo, ele é um sub-Lula como tantos outros que surgiram nesses últimos anos - não por coincidência, foi o sucessor, na agremiação sindical que domina, de Luis Antonio Medeiros, que a mesma imprensa que hoje batalha contra o governo trabalhista incensava, nos longínquos anos 80/90, como liderança capaz de obscurecer o barbudo que se tornou presidente da República.
Deu no que deu...
Como se vê, não é de hoje que os gênios da informação fazem apostas erradas...
A proposta do "gatilho salarial" de Paulinho da Força não é apenas extemporânea, provocativa e desnecessária.
É mais uma prova de que está mais do que na hora de o governo Dilma definir quem são seus aliados e quem são seus adversários.
Paulinho da Força está do outro lado, se sente mais à vontade com gente do calibre de um Aécio Neves e Eduardo Campos, convidados de honra para a grandiosa festa do trabalho que patrocina todos os anos na capital paulista.
Eles se merecem, sejam felizes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário